sexta-feira, 27 de maio de 2011

Bem me quer: bem querer



                                               

Depois de uma manhã de aula no Colégio Municipal Benjamin Jacob, próximo á favela Vila Acaba Mundo, localizada no Bairro Sion, região sul de Belo Horizonte, Kattielly Moreira, 9 anos, não volta para casa. Ela sabe que um almoço caprichado a espera na Casa de Apoio Bem Me Quer, onde a menina passa suas tardes de segunda á quinta, desde o começo do ano. O dia preferido da pequena Kattyelly é quarta feira, pois é quando a menina tem sua tão esperada aula de ballet, ferecida pela professora Marise Campos. Lá, além das aulas de dança, Kattyelly aprende bordado, culinária, tem atendimento psicoterápico individual, momentos de oração, aula de computação, desenvolvimento das lições de casa e aprendizados básicos como higiene pessoa. “Daqui eu não saio, daqui ninguém me tira”, conta a menina, com alegria.
  A Bem me Quer é um projeto que acontece há quinze anos e conta com a ajuda de cerca de cem associados, que fazem doações mensais para manter as diversas atividades oferecidas para cerca de 40 meninas de sete a 14 anos, todas moradoras da Vila Acaba Mundo, em dois horarios distintos, pela manhã e à tarde. Pérola, diretora do projeto, explica que a idéia veio junto com a vontade de retribuir a sociedade tudo aquilo que teve em sua vida”Por isso, sempre quis fazer algo destinado a garotas. É um trabalho que tem como única meta a felicidade delas”  conta.
  Para a fundadora, a ideologia que todos da casa devem seguir “vem d eum filosofo muito antigoe diz que nossa felicidade é buscar tudo que é bom, tudo que é bonito e tudo que é verdadeiro”. Para isso, o foco do projeto é a saúde e a educação das meninas, que contam com a ajuda de quatro educadoraspara as atividades diárias.
  A condição para quem quer participar é estar matriculada em alguma escola e com frequencia regular. Para ser voluntário, basta assinar um termo de compromisso e ter boa vontade.
  Kattyelly se diverte nos momentos de brincadeira, mas demonstra reconhecer a importância das outras atividades. “ Aqui a gente aprende muito sobre o nosso corpo, sobre cozinhar, a gente aprende até comidas de outros países. E bordar também eu gosto mas nao só para bordar aqui. Eu aprendo aqui e bordo em casa com a minha mãe também”, explica a menina. Todos os dias, antes de voltar para casa, o grupo de garotas toma banho e escova os dentes, para aprenderem corretamente como se cuida do próprio corpo. Um dos momentos de descontração mais esperado pelas meninas  é a roda de canto, que acontece toda quinta-feira, na qual todas podem soltar a voz e cantar com a ajuda de um microfone.
  Pérola explica que passa por algumas dificuldades no dia a dia, no que diz respeito ao interesse pelos estudos e pelo futuro. “quando as meninas são menores é mais fácil, por elas nos escutam, mas em contraponto elas não estão tão preocupadas com o futuro. As adolecentes são difíceis. Eu gostaria que houvesse mais interesse, que elas absorvessemmais o que ensinamos. Isso tudo é um trabalho lento”, reconhece a fundadora. Generosa Costa, uma das educadoras, concorda com Pérola. “Mas elas, apesar de todas serem muito diferentes, são super carinhosas”, completa.
  Apesar das reuniões com as mães terem a presença de puquissimas delas, Pérola insiste em compartilhar cada problema e cada conquista com elas. Sempre quando percebe alguma dificuldade maior em uma das meninas, procura a ajuda de psicologos e logo entra em contato com os pais. “É triste porque as mães quem menos vêm são das meninas que mais precisam”, conclui. 

http://www.youtube.com/watch?v=KSgsuwuv_54


sexta-feira, 20 de maio de 2011

Colaboração bem vinda

A internet trouxe mudanças para todas as profissões. Fato. É fácil perceber isso no jornalismo, por exemplo, com o novo jeito que está surgindo de se escrever e de se ler as matérias escritas. As pessoas estão cada vez mais adaptadas a leituras rápidas, na tela do computador, na maioria das vezes se direcionam somente à sites que abordem assuntos de seus interesses. Enquanto isso, jornais, revistas e canais de rádio e tv se deparam com a nescessidade de incorporar a noticia virtual junto á noticia dada por cada um. Essa deve ser dada da forma mais enxuta possível, obedecendo ao perfil dos navegantes e fisgando-os, quando possível, para uma leitura verticalizada. Mas essa questão não é a única mudaça trazida pelo mundo virtual para os profissionais da área. Ha cerca de dez anos, uma novidade vem se estabelecendo cada vez mais firme entre o universo jornalistico: é o jornalismo colaborativo. Para alguns jornalistas soa como ameaça, para outros, como uma forma mais completa de informar o leitor.
  Ha cerca de dez anos o jornalismo colaborativo existe nas páginas da internet. O pioneiro foi o site  Oh my news, fundado pelo jornalista coreano  Oh Yeon Ho, com o objetivo de complementar o jornalismo profissional por meio do jornalismo cidadão, isto é, incorporar a participação de pessoas comuns nas noticias dadas pelo site, permitindo que estas pessoas realizem pautas, entrevistas, videos e assim postem no site com a devida credibilidade. Não se trata de um trabalho qualquer, já que cada reportagem é devidamente analisada, corrigida e editada por pessoas formadas e preparadas para isto. Algunsjornalistas acreditam que esse tipo de trabalho tira o crédito daqueles que estudam e se preparam para realizar esse ofício, mas outros partem do princípio de que essa novidade chegou para acrescentar e aproximar o leitor das notícias. Sites populares como O Globo e Terra já se adaptaram á nova forma de noticiar.
  Vejo com bons olhos a "novidade". O jornalismo é um veículo que se torna importante a partir do momento que aborda historias de vida reais, e nada melhor do que as próprias pessoas que vivenciam a notícia para contá-las da forma mais verdadeira possível.  Eu, como estudante do curso, enxergo o jornalismo colaborativo como aliado, e não como ameaça á minha profissão, que por sinal nem têm o diploma como prerrogativa. O bom profissinal está á frente de tudo isso que surge com o tempo e com as novas tecnologias. As técnicas mudam, mas a profissão continua se moldando ao novo. Aceitar a ajuda e unir a nossa técnica para torna-la ainda melhor é o primeiro passo para receber de braços abertos o jornalismo contemporâneo.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Tiradentes em P&B

 No centro do estado de Minas Gerais se localiza a charmosa cidade de Tiradentes, uma das regiões mais requisitadas entre os turistas que desejam conhecer as cidades históricas mineiras. Todo ano acontecem uma série de eventos na cidadezinha, onde habitam cerca de 6, 300 habitantes, como por exemplo o festival de cinema que se realiza em janeiro de cada ano. Foi nessa ocasião que tirei essas fotos, quando estive nesse destival com meu pai e meu rimão, em 2010. Encantada com as ruazinhas que abrigam casas simpáticas e antiguinhas, fui em busca de ruelas e esquinas que pudessem resultar em fotos bonitas. Quando cheguei em casa, foi dificl escolher, não pelo meu dom fotográfico, mas pela beleza do lugar. Escolhi as três que mais gostei e resolvi brincar com os efeitos, tentando transforma-las em fotos com o visual mais antigo. Para isso,usei o photoshop para brincar com o contraste das cores em preto e branco, sombreando um pouco a imagem e chegando a um resultado bacana. Espero que gostem :)



sexta-feira, 8 de abril de 2011

Copa do Mundo gera emprego para jovens brasileiros

         Desde pequeno, João Antônio Diniz sempre gostou muito de futebol. Torcedor doente do Cruzeiro, o menino cresceu assistindo aos jogos não só de seu time, mas também de outros que admira, como Barcelona e Real Madrid, ambos times estrangeiros. Quando foi escolher o curso que faria para o vestibular, João resolveu unir sua paixão á vocação, optando pelo curso de jornalismo. “Vou me formar no final de 2013, existe época melhor pra quem quer seguir o ramo do jornalismo esportivo?” afirma o estudante, se referindo a Copa Do Mundo que será sediada pelo Brasil em 2014.
          Um grande evento como a copa causa forte impacto em qualquer país.  Os setores que mais serão influenciados pela procura de serviços devido a Copa do Mundo no Brasil, segundo a Fundação Getulio Vargas, serão os da área de engenharia civil, tecnologias da informação e turismo.  Empresas grandiosas como o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, SENAC, por exemplo,  irá abrir mais de um milhão de novas vagas para as oficinas que promove, com ênfase no grande evento de 2014. São menos de quatro anos para preparar um país inteiro para receber cerca de 300 mil turistas, se comparado com o da África do Sul.  Quatro anos para os brasileiros realizarem obras, prepararem profissionais da comunicação para cobrir o evento e organizarem o planejamento turístico de um país de cerca de 192 milhões de habitantes.
         João Antônio busca o seu diferencial. “Eu sei que terão muitas oportunidades de emprego, mas também terei muitos concorrentes, então eu tenho que ser o melhor”, analisa o menino. Para isso, se matriculou ha um ano em aulas de inglês e espanhol, para estar com a língua fluente nos dois idiomas. É o que concorda o jornalista e dono da empresa de Comunicação Lead, que trabalha principalmente com jornalismo esportivo. Para ele, que também é professor do curso na PUC Minas, o profissional que quiser aproveitar esse período de oportunidades de emprego na área, deve se aperfeiçoar melhor, seja no idioma, seja em novas tecnologias. “Serão muitas vagas de emprego, mas a disputa será ferrenha” comenta o jornalista. Fernando ainda ressalta que a copa nao envolve só o futebol. "Como a copa envolve mutias pessoas, muitos turistas e uma moviemntaçao muito grande nas cidades ela passa a ter um reforço no noticiario geral porque os problemas tendem a acontecer com mais intensidade, a movimentaçao é economica, turistica.. enfim, quem for cobrir a copa tende a procurar pessoas que cubram nao so o futebol mas o ambiente como um todo, envolvendo todos os problemas" comenta o jornalista esportivo.
                Fernando Lacerda reflete sobre o papel do jornalismo no período da Copa do Mundo
        Já a história de Paula Setiba é um pouco diferente, apesar de ter pontos em comum. A estudante de Engenharia Civil da UFMG acaba de entrar em um estágio no qual ajuda a monitorar as obras do Mineirão, principal estádio de futebol de Belo Horizonte. O campo está em reforma desde julho do ano passado, e conta com a ajuda de centenas de profissionais na área de construção civil. Paula vai se formar ano que vem, e já está de olhos abertos para as oportunidades que serão geradas pelas futuras obras na capital mineira. “Não é só o Mineirão que está sendo reformado, tem o aeroporto internacional, tem a construções de novos hotéis, a reforma no anel rodoviário entre muitas outras. Acho que o campo nunca esteve tão ao meu favor, profissionalmente. Desempregada eu não fico” comemora Paula. Segundo Alberto Antunes, um dos engenheiros civis responsáveis pela execução das obras do estádio de futebol, serão cerca de 1800 vagas para emprego só nesse setor. “A copa do mundo chegou para nos dar trabalho e oportunidade para os jovens” afirma.
       Outro setor que obviamente será envolvido nas modificações provocadas pelo grande evento de 2014 será o turismo. A economista especializada em turismo Lucia Helena Ciccarini analisa esse período como de necessidade de grandes mudanças. “A atividade de infra estrutura vai mexer muito. Então vai alterar a estrutura de transporte, de serviços e de hotelaria”. Para a economista Belo Horizonte ainda não está preparada, tendo muito trabalho a ser feito pelos profissionais do setor. “Ha muito incentivo de empreendedorismo. Muitos jovens estão apostando nisso” afirma Lucia referindo-se aos futuros turismólogos que pretendem usar o auge profissional a favor. A economista ainda enfatiza a importância de haver um planejamento anterior e posterior á Copa, já que Belo Horizonte, por exemplo, é uma cidade não muito turística. “Isso é importante para que hotéis não fiquem vazios depois do evento, gerando prejuízos. Tudo tem que ser muito bem pensado”.
       Aos jovens e aos profissionais mais experientes,  essa será uma temporada de oportunidades, principalmente para pessoas que seguem o caminho do turismo, da comunicação e da construção civil. Cabe a cada um a dedicação e o esforço para que não passe apenas de uma fase boa, mas que se concretize em futuras grandes carreiras. “ O jovem brasileiro não pode dormir no ponto” finaliza o estudante João Antônio.
 
  

A entrevista com a economista e turismóloga Lucia Helena Ciccarini pode ser ouvida na integra aqui:

sexta-feira, 25 de março de 2011

O mundo precisa de mais poesia

  Depois de voltar de um show recente de Maria Bethânia, onde foram recitados lindos poemas, comecei a refletir sobre a polêmica que está envolvendo o nome dessa grande interprete da música e da literatura brasileira. Resolvi contar como foi o espetáculo, aproveitando para dizer um pouco sobre a minha opinião em relação ao blog que a cantora vai criar, trazendo 365 vídeos dela mesma recitando poemas, por ano. 

É só clicar, e ouvir o que eu tenho a dizer :)
http://www.gengibre.com.br/cast/V1EF0EFPB0

Aproveitando o espaço e a oportunidade, deixo aqui registrado um dos que mais gosto:
http://www.youtube.com/watch?v=gWI1gs0dJYk

domingo, 13 de março de 2011

Testando

No mundo virtual não existem dias iguais. As novidades aparecem o tempo todo, para facilitar o acesso dos navegantes e torna-lo cada vez mais prático e rápido. Diariamente surgem programas, sites e aplicativos que aproximam  os internautas de seus interesses. Um exemplo disso são os programas de gerenciamento de conteúdo, como o GoogleReader e o FeedReader, ambos aplicativos que tem como objetivo gerenciar o conteúdo que interessa ao internauta, selecionando e enviando através de seus respectivos programas para que o leitor possa ter acesso com mais facilidade aos assuntos que lhe convém.  Esse tipo de atalho existe ha cerca de 4 anos, e vem sendo muito usado pelos navegantes. Tudo acontece automaticamente, favorecido por propriedades da internet que as codificações atuais permitem.
 Instalando os dois programas em meu computador, pude analisar as vantagens e desvantagens existentes em cada um deles. O GoogleReader é bem prático, fácil de usar. Pode-se conectar a ele de qualquer computador, já que o programa é vinculado ao Gmail, o que permite que seja usado em qualquer outro computador. Automaticamente, ele faz algumas estatísticas sobre o usuário, que podem ser interessantes para monitorar o uso do conteúdo, dando um feedback do que tem sido lido com mais frequência, por exemplo.  O aplicativo permite seguir outros usuários e sites, se assemelhando ao twitter, nesse ponto, havendo uma rede social envolvida, já que se pode compartilhar conteúdo e comentar o de outras pessoas.   Por ser muito dependende da internet e da conta google, o GoogleReader se torna desvantajoso nesse ponto.
  O FeedReader vem com uma interface mais maleavel, podendo mudar a forma de visualização, a maneira como se disponibiliza as informações. Sempre que chega uma notícia nova, o usuário é avisado com um recado. Tem a vantagem de oferecer a opção de se baixar o artigo recebido, o que o Google Reader não tem. Em contraponto, só pode ser acessado em computadores nos quais o aplicativo foi instalado. Ele independe da internet, o que é interessante, e, apesar de haver forma de sincronizar as atividades com todos os computadores que tenham o programa instalado, esse aplicativo é um pouco complicado de se usar.
  Cabe ao internauta eleger o programa que mais lhe convêm, analisando as vantagens e desvantagens de cada um deles. Para mim, estudante de jornalismo, esse tipo de aplicativo tem extrema importância, se tornando um aliado na busca por noticias sendo uma constante forma de atualização. Optei pelo GoogleReader, por já ser usuária do Gmail, e por me adaptar aos diversos recursos que ele me oferece.